"The Starry Night" (de 1889).
Oil on canvas, 29 x 36 1/4” 73.7 x 92.1 cm
The Museum of Modern Art, New York. Acquired through the Lillie P.
Acontece atualmente no Van gogh Museum em Amsterdam, a exposição: "Van Gogh and the Colors of the Night". A mostra foi aberta no dia 13 de Fevereiro 2009 e segue até 7 de Junho de 2009.
Como claramente diz o título, a mostra expõe trabalhos de Van Gogh que envolvem o tema noite.O anoitecer, o pôr do sol...Enfim, a luz e a sombra, uma questão muito amada por ele.
A exposição é organizada em colaboração com o Museum of Modern Art (MoMA) in New York.
E conta com pinturas, desenhos, cartas escritas por Van Gogh a seu irmão Theo, onde ele relata sua infindável pesquisa pictórica seus anseios.
Van Gogh sempre teve um fascínio pela noite, pelo anoitecer.
Segundo ele, este era um momento de reflexão, de efervescência da criatividade. Um momento de rever os acontecimentos do dia, de auto-reflexão. A noite para ele tinha também um significado de proteção, conforto, segurança, algo de poesia. Mesmo que paradoxalmente, representasse as sombras e um momento em que a solidão pode mais facilmente acometer alguém. A obra "Os comedores de batatas" (1885), expõe simbolicamente essa questão. Um grupo de camponeses, reunidos à mesa para a refeição, após um exaustivo dia de trabalho.Um oásis no contexto de sua difícil existência. Um "ninho humano" como Van Gogh chamava as casas dos camponeses que tantas vezes pintou.
Van Gogh adorava trabalhar nessas horas e produziu muitos trabalhos, estudando à luz do anoitecer, na natureza, à luz artificial dos lampiões e o efeito que ela produzia nos objetos e nos seres. Tentava obstinadamente desvendar os mistérios por trás da dicotomia luz/sombra, e as metáforas existentes relacionadas a essa questão, pois acreditava na forte ligação entre o real e o simbólico, e na conotação espiritual presente nas coisas e nos seres a sua volta.
Van gogh tinha um forte poder de observação, e sempre produziu dessa forma, observando.Mas nas pinturas e estudos noturnos, exercitou profundamente sua imaginação e sua memória, pois recorria constantemente a elas para produzir suas obras, num árduo e incansável exercício pictórico.
Desde suas primeiras pinturas, no início da sua carreira, Van Gogh já sinalizava em muitas delas, os efeitos da luz aérea. Especialmente nas paisagens de Brabizon (região da Holanda onde nasceu) e nas pinturas e desenhos com a luz do por do sol.
Sempre admirou os mestres da Escola de Barbizon*, Millet, Rembrandt, Jacob van Ruysdael...E na sua ânsia de encontrar respostas pictóricas que satisfizessem suas exigências, ele foi beber na fonte daqueles que admirava. Com uma importante tradição atrás de si, ele buscou a ligação entre sua maneira de ver o mundo e representá-lo e aquela dos impressionistas e dos mestres holandeses que admirou.
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