oil on canvas
46.5 × 40 cm
Woman Holding a Balance wikidata
(1664 - c. 1664)
oil on canvas
42.5 cm × 38 cm
VERMEER, E A LUZ DO SILÊNCIO...
Está de volta temporariamente, em Amsterdam no Rijksmuseum a obra de Vermeer "Woman Holding a Balance". Em empréstimo da National Gallery of Art, de Washington/USA uma das grandes obras de Johannes Vermeer. A obra permanece no Rijksmuseum de 11 de março até 1 de Junho de 2009. Pela primeira vez em mais de 200 anos estarão estar juntas cinco obras do mestre. Woman Holding a Balance vem se juntar a outras quatro obras de Vermeer que pertencem ao Rijksmuseum. Como Vermeer não produziu muitas pinturas, este é um momento especial para o museu, que será o único na Europa a apresentar simultaneamente cinco obras do pintor: The Little Street (c. 1658), The Love Letter (c. 1669-70), The Woman Reading a Letter (c. 1664), The Milkmaid (c. 1658-60) e The Woman Holding a Balance (c.1664).
Vermeer é um pintor enigmático. Muitos autores e pesquisadores de sua obra tentaram investigar sua vida através de sua obra. Mas pouco se sabe de certeza sobre ele. Produziu pouco e deixou poucos registros sobre sua vida. Sua arte é a Grande Arte, quanto mais o tempo passa, mais interpretações e sutilezas vão surgindo nas entrelinhas de suas pinturas. Foi um pintor de pouca produção, se comparado a Van Gogh por exemplo. Hoje, no mundo existem cerca de trinta e seis pinturas espalhadas por diversos museus. Isso parece combinar com sua própria arte, feita de quietude, serenidade, pausas e reflexões.
Apreciar uma obra de Vermeer, requer de preferência silêncio, do lado de fora e de dentro.Um postura interna de recolhimento. Quando o museu está calmo, sem movimentação por exemplo têm-se outra interação com a obra. Suas pinturas são de pequeno porte. Diante delas, tem-se a sensação ainda maior de intimidade, de proximidade psicológica com os personagens. Para desfrutar uma pintura de Vermeer, tem que chegar perto da obra, ficar junto dela. Seus interiores, revelam-se como se estivéssemos lá, presentes na cena. Ao mesmo tempo, não se mostram por completo, deixando sempre um enigma pairando no ar, algo a ser desvendado, revelado. E a vontade de rever novamente aquela imagem. A maneira como Vermeer usou a luz e o efeito que ela provoca no ambiente e nos personagens, produz no espectador um movimento de quietude e calma. O silêncio, nos ambientes de Vermeer, não é um silêncio "vazio", mas um silêncio "cheio", repleto de calor, afável e amoroso. São sons da alma, só podemos ouvi-los com o coração. Os personagens quase sempre imóveis, mas cheios de vida interior, nos falam de sentimentos simples, diários, cotidianos. Aqueles sentimentos pelos quais todos nós somos tocados. Perpassados pela grandeza de Vermeer, chegam até nós transformados, reinterpretados pela mão e pela alma do grande pintor. A profundidade das cenas, torna tudo denso, palpável. Mas não só fisicamente, com uso genial da perspectiva e da técnica. Os sentimentos, as emoções, presentes na cena, ou aqueles que nascem no momento em que estamos diante da obra, são amplos e profundos e nos tocam em alguma parte no nosso ser que se avizinha mais ao céu do que a terra.
Apreciar uma obra de Vermeer, requer de preferência silêncio, do lado de fora e de dentro.Um postura interna de recolhimento. Quando o museu está calmo, sem movimentação por exemplo têm-se outra interação com a obra. Suas pinturas são de pequeno porte. Diante delas, tem-se a sensação ainda maior de intimidade, de proximidade psicológica com os personagens. Para desfrutar uma pintura de Vermeer, tem que chegar perto da obra, ficar junto dela. Seus interiores, revelam-se como se estivéssemos lá, presentes na cena. Ao mesmo tempo, não se mostram por completo, deixando sempre um enigma pairando no ar, algo a ser desvendado, revelado. E a vontade de rever novamente aquela imagem. A maneira como Vermeer usou a luz e o efeito que ela provoca no ambiente e nos personagens, produz no espectador um movimento de quietude e calma. O silêncio, nos ambientes de Vermeer, não é um silêncio "vazio", mas um silêncio "cheio", repleto de calor, afável e amoroso. São sons da alma, só podemos ouvi-los com o coração. Os personagens quase sempre imóveis, mas cheios de vida interior, nos falam de sentimentos simples, diários, cotidianos. Aqueles sentimentos pelos quais todos nós somos tocados. Perpassados pela grandeza de Vermeer, chegam até nós transformados, reinterpretados pela mão e pela alma do grande pintor. A profundidade das cenas, torna tudo denso, palpável. Mas não só fisicamente, com uso genial da perspectiva e da técnica. Os sentimentos, as emoções, presentes na cena, ou aqueles que nascem no momento em que estamos diante da obra, são amplos e profundos e nos tocam em alguma parte no nosso ser que se avizinha mais ao céu do que a terra.
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