Ao decidir um destino de viagem somos movidos pela curiosidade por determinado lugar. Pode ser pela arquitetura, cultura, pela arte, paisagens, ou outro motivo qualquer.
Porque esta e não aquela cidade!? O que tem este ou aquele lugar que me motiva e me impele a ir ao seu encontro?!
Por trás das nossas escolhas, sempre está presente algo que está além da simples objetividade e curiosidade. Somos guiados por uma parte do nosso ser menos visível, mais oculto, escondida sob a aparência daquilo que vamos nos tornando com o passar do tempo.
Todo viajante é antes de mais nada alguém que busca, que procura. Todo viajante mais atento, tem a oportunidade de perceber, que existe algo que vai acontecendo durante o caminho, na imprevisibilidade de cada passo, a cada esquina que se dobra...
Nosso trajeto vai se construindo nas dobras do tempo e nós vamos nos desconstruindo à medida que vamos caminhando. Algumas portas se abrem e outras vamos fechando, deixando pra trás algo que já não nos pertence, algo que já não somos mais. Fazemos novas aquisições, novos ganhos, e um novo olhar se instaura.
Nos nossos destinos podemos encontrar coisas que nos permitem um encontro mais sincero com a gente mesmo. Quando você se deixa levar sem pressa, sem a preocupação dos horários a cumprir e de tantas coisas pra ver e fazer, você se permite ver além daquilo que está imediatamente a sua frente. Surpresas podem acontecer. Descobertas, achados, encontros e desencontros.
Mais do que novidades e lazer uma viagem tem a mágica de nos aproximar de nós mesmos, verdadeiramente.
Amst, 19 maio 2009.
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