Tuesday 2 November 2010

Pelos labirintos do LOUVRE...



Como fazer uma visita proveitosa ao Louvre Museu

Visitar um museu é um programa que requer acima de tudo um desejo. Apreciar obras de arte exige uma atitude no mínimo contemplativa, inquiridora, indagativa, mas acima de tudo um simples desejo de estar ali com um genuíno interesse por aquelas imagens. Visitar um museu como roteiro a ser cumprido, como algo que tem que ser feito apenas por estar ali naquela cidade, na minha opinião é algo que não deveria ser levado em conta. Porque é uma atividade que exige uma certa dose de doação. Você tem estar inteiro caso contrário não valerá a pena.

Simples assim.

Visitar um grande museu como o Louvre requer um pouco mais do que isso. Em primeiro lugar certo método ou roteiro previamente organizado. De preferência ainda em casa, diante do computador, no web site do Louvre e uma dose de paciência para descobrir o mapa dos tesouros, e aquele mapa mais apropriado para cada pessoa.
Explico melhor: o Louvre é um grande museu, mas também um museu muito grande, fisicamente falando. Se você não tiver um roteiro previamente estabelecido, vai ficar rodando meio perdido diante de tantas opções de caminhos a seguir, diante de tantas obras, assuntos e períodos da história a serem descobertos. O que poderia ser algo prazeroso e interessante pode se tornar cansativo e entediante devido a quantidade de obras em exposição. Perambular por um imenso museu como o Louvre com tantas informações pode rapidamente causar uma overdose de arte. Principalmente quando tem-se pouco conhecimento daquilo que está diante dos olhos. O que é bem fácil de acontecer lá dentro.
O Louvre tem em torno de 35.000 obras, nem todas em exposição obviamente. Mas mesmo assim uma quantidade considerável de peças.
Decidir o que mais lhe agrada diante de tantas possibilidades a escolher é uma tarefa árdua e que leva certo tempo de pesquisa para encontrar o lugar certo em que se encontram as obras escolhidas. Uma boa dica de última hora é pegar um folheto junto ao balcão de informações no subsolo (logo abaixo da pirâmide). Com o folheto em mãos você poderá visualizar as grandes alas (SULLY, RICHELIEU E DENON) e todas as salas e espaços que estão no seu interior e também algumas indicações do que elas contêm, as obras agrupadas por temas ou períodos. O folheto também destaca algumas das obras mais importantes de cada ala, e sua localização pelo numero da sala. É um mapa pronto que serve de sugestão para uma visita objetiva ao museu, sem rodar desnecessariamente por imensos corredores.
Então em primeiro lugar indico dar uma olhada no mapa do museu e como funciona.
Para simplificar e organizar o seu mapa pessoal, o Louvre está dividido em três grandes alas: SULLY, RICHELIEU E DENON. Cada uma destas alas é um labirinto de salas e corredores repletos de obras agrupadas por períodos ou por temas.
Pode-se agrupar a coleção do museu em oito grandes departamentos a seguir:

*Antiguidades do mundo oriental
*Antiguidades Gregas, Etruscas e Romanas
*Antiguidades Egípcias
*Arte Islâmica
*Esculturas
*Artes Decorativas
*Pinturas
*Gravuras e Desenhos

Dentro de cada departamento acima descrito existem sub temas. Por exemplo, em PINTURAS, tem Pinturas Flamengas, Pinturas Italianas, Pinturas Espanholas, Pinturas Inglesas e assim por diante.
O mais adequado seria escolher por tema ou por obras, ou uma mescla das duas. Nesse caso mapeá-las no web site do museu: qual a ala em que se encontram e o numero da respectiva sala.
Agora fica mais claro o caminho a seguir. Primeiramente você deve ir diretamente ao lugar onde se encontra o que deseja ver. Mesmo que no percurso fique tremendamente tentado pra ver outras coisas. Deixe para o final o tempo destinado a uma exploração mais ao acaso, caso contrário você perde o foco daquilo que realmente quer ver. Esse método parece um pouco arbitrário e sem espontaneidade, mas se tratando do Louvre acho necessário. Na verdade quase todo mundo tem um tempo limitado para estar lá, por isso a necessidade de fazer bom uso desse tempo.
Mesmo que tenha todo o dia eu particularmente jamais faria uma visita de um dia inteiro dentro desse museu. Por mais que você ame arte, chega um momento em que seus sentidos não absorvem mais nada, o que eu considero perda de tempo.



*Sugestão de visitas temáticas no website do Louvre: Thematic Trails (em inglês). As visitas temáticas estão divididas por Tema (um dos oito temas descritos acima), duração da visita, idade.
*Compre o ingresso com antecedência, assim você evita as filas intermináveis. Com o ingresso já comprado você poderá entrar pela ala lateral Passage Richelieu, esta também com acesso pela Rue de Rivoli.
* Ver a tão famosa Mona Lisa pode ser frustrante, devido ao aglomerado de gente ao seu redor tentando fotografar ou decifrar seus mistérios. Apesar da fama, existem inúmeras outras obras com igual ou maior deleite que esta. Vá em frente!
*Apesar de proibido fotografar com flash (Lembre-se disso!)
as pessoas parecem não entender de fato isso. Eu particularmente fico muito irritada com a falta de respeito em usar flash para fotografar obras tão sensíveis á luz, mas fazer o quê...nem mesmo os monitores dão conta de tamanha burrice, sorry!
*Tente dar uma lida sobre as obras que pretende visitar, algumas informações são importantes. Dentre tantas opções, talvez escolher obras que marcaram alguma mudança na história da arte, ou que romperam com padrões existentes seja uma boa opção.
*Divida seu tempo em duas partes, faça um intervalo, uma pausa para um café, é bom dar um tempo para os sentidos, na volta aprecia-se melhor a continuidade da visita.


Coleção Permanente
Visitação

Segunda Feira, Quinta Feira, Sábado, Domingo: das 9:00h as 18:00h
Quarta Feira, Sexta Feira: das 9:00h as 22:00h
Terça Feira: FECHADO
*A visitação é livre para todos no dia 14 de Julho e no primeiro domingo de cada mês.