O QUE FAZER NUM MUNDO SUPERABUNDANTE DE IMAGENS, ONDE MUITO JA FOI FEITO, DITO, PENSADO?
Viver no que se chama de pos-modernidade *significa deparar-se com questões bastante difíceis para um artista.Quando pensa que tem atrás de si uma gama de possibilidades já testadas e experimentadas por outros artistas - em tempos em que ainda eram questões a serem pensadas e discutidas, pois eram pertinentes a época de então - confronta-se com uma questão importante para si mesmo e para sua obra.Hoje num mundo sem barreiras, sem fronteiras e sem dogmas determinantes, sem referenciais, onde tem a sua frente um vasto campo de outras tantas possibilidades percebe que apesar de tudo, criar um trabalho de consistência e importância (?) torna-se muito difícil.As questões que temos hoje, nos levam a pensar quase que efemeramente, nossos conceitos, se é que existem, nos trazem duvidas e pisamos cada vez mais em terreno movediço.Nossas idéias nos confundem e atropelam levadas por uma torrente cada vez mais caótica de novas idéias, informações e questões.Diante de tudo isso nos movemos.Criamos, respiramos, vivemos e tentamos estabelecer nossa obra no mundo. A fragmentação do conhecimento, a globalização, a era do descartável, tudo exerce uma enorme influencia sobre a criação e o pensar do artista, e conseqüentemente reflete essa situação.Sabemos sobre muitas coisas, porem sabemos muito pouco de cada uma delas.
Paradoxalmente, se olharmos para trás, e pesquisarmos algumas obras do passado, vamos ver que muitas carregam em si muito de contemporaneidade, do momento atual em que vivemos.Outro dia, fui ver Pancetti, no Museu Oscar Niemeyer, aqui em Curitiba, e surpresa, percebi o quanto de atual tem sua pintura, se pensarmos no período em que foram feitas.E obras como de Ligia Clark, Oiticica, só pra citar alguns.Onde se amparar, buscar suporte, contexto, que justifiquem a criação de novas imagens?
Todas as bienais de artes estão repletas de obras que por si só não se justificam, estão no mundo como que por acaso, por acidente.Será isso uma paródia mal feita do mundo em que vivemos, onde estamos? Porque temos a sensação de engodo, engano, de que alguém esta nos subestimando, quando em determinadas situações, estamos diante de alguma “suposta” obra de arte?
* A propósito do termo Pós-modernidade: quando usamos o termo Pós, este quer significar algo que vem depois: de um fato, de um acontecimento, de uma data especifica, enfim, supõe-se algo que superou aquilo a que se refere no passado.Portanto nos remete a algo que já aconteceu e algo que vem imediatamente depois deste acontecimento, como conseqüência o ultrapassa.Pois bem, quando aplicado à arte dos dias atuais não tem muito significado, perde o sentido.Desde o começo do século vinte onde aconteceram questões importantes que mudaram a face e o rumo da arte, não vemos grandes idéias em termos de mudança estrutural na arte.Desde que Duchamp nos propôs enigmas a serem decifrados, estamos procurando, as voltas, com propostas que se repetem, a exaustão.
Viver no que se chama de pos-modernidade *significa deparar-se com questões bastante difíceis para um artista.Quando pensa que tem atrás de si uma gama de possibilidades já testadas e experimentadas por outros artistas - em tempos em que ainda eram questões a serem pensadas e discutidas, pois eram pertinentes a época de então - confronta-se com uma questão importante para si mesmo e para sua obra.Hoje num mundo sem barreiras, sem fronteiras e sem dogmas determinantes, sem referenciais, onde tem a sua frente um vasto campo de outras tantas possibilidades percebe que apesar de tudo, criar um trabalho de consistência e importância (?) torna-se muito difícil.As questões que temos hoje, nos levam a pensar quase que efemeramente, nossos conceitos, se é que existem, nos trazem duvidas e pisamos cada vez mais em terreno movediço.Nossas idéias nos confundem e atropelam levadas por uma torrente cada vez mais caótica de novas idéias, informações e questões.Diante de tudo isso nos movemos.Criamos, respiramos, vivemos e tentamos estabelecer nossa obra no mundo. A fragmentação do conhecimento, a globalização, a era do descartável, tudo exerce uma enorme influencia sobre a criação e o pensar do artista, e conseqüentemente reflete essa situação.Sabemos sobre muitas coisas, porem sabemos muito pouco de cada uma delas.
Paradoxalmente, se olharmos para trás, e pesquisarmos algumas obras do passado, vamos ver que muitas carregam em si muito de contemporaneidade, do momento atual em que vivemos.Outro dia, fui ver Pancetti, no Museu Oscar Niemeyer, aqui em Curitiba, e surpresa, percebi o quanto de atual tem sua pintura, se pensarmos no período em que foram feitas.E obras como de Ligia Clark, Oiticica, só pra citar alguns.Onde se amparar, buscar suporte, contexto, que justifiquem a criação de novas imagens?
Todas as bienais de artes estão repletas de obras que por si só não se justificam, estão no mundo como que por acaso, por acidente.Será isso uma paródia mal feita do mundo em que vivemos, onde estamos? Porque temos a sensação de engodo, engano, de que alguém esta nos subestimando, quando em determinadas situações, estamos diante de alguma “suposta” obra de arte?
* A propósito do termo Pós-modernidade: quando usamos o termo Pós, este quer significar algo que vem depois: de um fato, de um acontecimento, de uma data especifica, enfim, supõe-se algo que superou aquilo a que se refere no passado.Portanto nos remete a algo que já aconteceu e algo que vem imediatamente depois deste acontecimento, como conseqüência o ultrapassa.Pois bem, quando aplicado à arte dos dias atuais não tem muito significado, perde o sentido.Desde o começo do século vinte onde aconteceram questões importantes que mudaram a face e o rumo da arte, não vemos grandes idéias em termos de mudança estrutural na arte.Desde que Duchamp nos propôs enigmas a serem decifrados, estamos procurando, as voltas, com propostas que se repetem, a exaustão.
No comments:
Post a Comment