Adoro as diferenças!
De todas as espécies,
Por mais que elas possam assustar...
(...e elas ás vezes assustam!)
De certo modo elas nos fazem pensar, nos instigam a tentar entender seu mecanismo, sua verdade, sua lógica interna ou seu paradoxo. Empurram-nos pra frente em direção ao desconhecido e seus mistérios. Oportunizam-nos crescer, mudar, melhorar, desenvolver forçosamente o autoconhecimento.
E muito importante: ir ao encontro do outro, este ser tão enigmático e diferente de mim, tão cheio de mistérios e enigmas. Pra cada parte sua iluminada corresponde outra que desconheço.
Claro que algumas diferenças podem provocar algum desconforto, insegurança, medo inclusive. Mas se a gente tentar se abrir um pouco e deixar a oportunidade entrar, poderemos ver além das aparências e entender que nosso modo de viver e nossos pontos de vista não são exatamente uma verdade perfeita, longe disso e muito pelo contrário!
Nossa primeira reação diante do diferente, extravagante, incomum é de susto. Sejam pessoas, situações ou acontecimentos. Nossas defesas se armam tal qual um exército em prontidão pra atacar ou defender.
Paradoxalmente ao invés da proteção esperada, nos sentimos cada vez mais fragilizados porque o medo nos coloca num estado de alerta que envolve o corpo todo: coração bate nervoso, mãos tremem, queremos fugir. O medo cresce na mesma medida da distância que tomamos dele. Feito crianças no escuro, imaginando toda espécie de criaturas assustadoras que poderiam nos engolir.
Agimos assim movidos por um mecanismo de autoproteção, como se o desconhecido fosse nos roubar de nós mesmos e nos deixar à mercê de forças incontroláveis (porque desconhecidas). E de certa forma é isso mesmo.
Se (me) permito deixar o novo entrar e fazer morada, o velho tem que ir embora e um pouco de mim deixa de existir. Quando permito o verdadeiro encontro e trago o outro pra dentro de mim conhecendo assim seu universo, dou a ele a permissão de levar algo embora: meus velhos conceitos e idéias enferrujadas. Em troca ele deixa novos pensamentos e pontos de vista.
Mas o que não entendemos quase nunca é que precisamos desse processo: renovar, reciclar, reutilizar. A interferência do outro no nosso ecossistema emocional é vital e necessita de ajustes o tempo todo. Isso é saúde!
Somos todos um grande pensamento sistêmico...
Mas aí vem a cultura, a (des) educação, as instituições, as religiões, os tabus, os (des) governos, os desavisados, a ignorância, a preguiça, o Controle, o medo, o preconceito. Etc, etc, etc, solapando qualquer tentativa de mudança, de vida em movimento e fluxo contínuo.
Nosso mundo ainda se estrutura em cima de velhos conceitos, velhas idéias desgastadas, pensamentos preconceituosos, poderes deturpados, ignorância difundida, desrespeito. Nossas instituições, governos, poderes subterrâneos - econômicos e políticos - precisam disso. Manter o controle é tarefa difícil!
E assim a massa segue em ritmo lento e anestesiado sem se dar conta que pensar e transgredir são absolutamente necessários pra construir um mundo melhor pra se viver.
Amsterdam 21Junho 2010
Mocaaaa!!! Enfim consegui postar uma comentario!!! Ihuuu!!! Adooorei esse texto! Consegui através dele enxergar exatamente você! Imprecionante o poder que voce tem com as palavras! Beijos - Gabi
ReplyDeleteUhúuuuu!!!Gabiiii, que feliz de ter algo teu aqui negona, puxa! demorou mas deu certo hein!?
ReplyDeletebemvinda, adoro vc!
beijoca
Moca..
ReplyDeleteI absolutely agree with Gabi.
Tenho a mesma sensação que ela e lendo este post consigo de visualizar sem interferências nenhuma.
Vc é exatamente desse jeito!!!!
Mil bjos
Ahhh Mi, que legal!!! bem acho que é pq sou transparente até com as palavras...rsss
ReplyDeleteisso me deixa feliz!
beijãooooo querida,